A Amazônia é o ultimo grande maciço de floresta tropical no mundo. A parte brasileira cobre a maior parte e com seus 3 milhões de km² representa cerca de um teço das florestas tropicais restantes. A biodiversidade deste conjunto e, sem duvida alguma, o papel que a cobertura florestal nas dinâmicas hídricas e climatológicas locais e mundiais é imensa.

Considerando que ameaças sobre este conjunto excepcional, os países industrializados e o governo brasileiro iniciaram, após a Conferência do Rio (1992) vários dispositivos para estimular a realização de experiências de desenvolvimento sustentável. A Amazônia brasileira tornou-se um verdadeiro laboratório para promover a sustentabilidade, no qual são testados a maioria das concepções propostas ao nível mundial.

Neste sentido, o Brasil tem um papel pioneiro na criação e na gestão de áreas protegidas habitadas; na realização de produções certificadas ambientalmente ou ainda na delegação da gestão dos territórios protegidos às comunidades locais, freqüentemente apoiadas pelas ONG. Recentemente novas pistas são pensadas, tais como a concessão das florestas nacionais protegidas ou o pagamento de serviços ambientais ao setor privado. Por outro lado, nota-se igualmente tentativas de gestão sustentável da madeira, colocadas em ação por grandes grupos industriais.

A constatação dos agentes do desenvolvimento ecoou junto aos avanços recentes dos pesquisadores. Apesar das esperanças suscitadas pelo grande programa científico LBA (Large Biosphere Assessment), os pesquisadores se sentiram pressionados por um relativo fracasso por parte das ciências biotécnicas (ecologia, agronomia, biologia, etc) que se declararam incapazes de compreender as evoluções da Amazônia sem se referir aos fatores sociais, econômicos e políticos. O lugar das ciências sociais no seio desta constatação implica que estas últimas se reúnem para melhor se articular às ciências biotécnicas.

Nossa proposta se constitui, assim, em uma inovação dentro do panorama cientifico mundial, a qual poderemos realizar graças à rede de pesquisa constituída por especialistas de disciplinas essenciais para a compreensão de outras dinâmicas da Amazônia, tais como a geografia, as ciências políticas, a demografia, a economia  (entre as ciências sociais) , e para os estudos ambientais que se articulam diretamente ao nosso projeto, a botânica e a ecologia.

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